por Joeides Pereira
A Presidenta Dilma Rousseff em um ato republicano e de coragem determinou que os bancos públicos, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, reduzissem as taxas de juros para níveis civilizados, mesmo que ainda falte muito para chegamos aos padrões internacionais, mas foram dados os primeiros passos. Esta atitude tem um simbolismo histórico, inicia-se o rompimento com uma ortodoxia da política monetária praticada no Brasil nos ultimos anos, que até pouco tempo era assunto proibido, pois o ambiente era de total hegemonia do capital financeiro nas ultimas três décadas.
Com a crise imobiliária americana de 2008, o mundo passou a ver com certo ceticismo essa hegemonia financeira, a crise mostrou uma ampla vulnerabilidade desse pensamento econômico. Sabe-se desde Keynes que o desenvolvimento rápido e não controlado dos mercados financeiros provoca fatalmente a sua deriva especulativa. Assim, neste contexto, a decisão da Presidenta, esta relacionada a um ambiente de maior autonomia das políticas monetárias hoje praticadas no Brasil, ressaltar a não interferências do conservador Fundo Monetário Internacional – FMI, que também vem sendo questionado em todo o mundo.
Embora seja oportuno fazer estas observações, a decisão de reduzir as taxas juros e o spread bancário, cumpre no curto prazo um importante papel, neste momento, de manter a economia brasileira aquecida, via aumento do crédito mais baixo para o consumidor final. Pois, a taxa de juros é muito sensível a decisão de consumir pelo lado das famílias e de investir pelo lado dos empresários. Ou seja, isso vai estimular o consumo, o investimento e a atividade econômica. Tendo em vista, a contaminação do baixo crescimento econômico mundial no Brasil.
O resultado desta decisão já começa a dar os primeiros frutos. Segundo relatório da Caixa Econômica Federal, desde o lançamento do programa Caixa Melhor Crédito, no último dia 09/04, aumentou em 17% o volume de concessões de crédito para Pessoa Física (PF), sendo disponibilizados R$ 518 milhões nos primeiros cinco dias do programa.
Para Pessoa Jurídica (PJ) a procura pelas linhas de crédito também foram acentuadas – um crescimento de 9%, somando R$ 323 milhões em volume de crédito.
Mas, o mais importante efeito desta decisão de redução das taxas de juros é pedagógico. A sociedade brasileira começa a se apropriar de um debate, antes bloqueado, ou pelas autoridades monetárias, ou pelos meios de comunicação. Ao propor um grande debate sobre os juros, a presidente Dilma atinge um novo patamar na política nacional. Agora, temos de fazer a nossa parte, pesquisar a menor taxa de juros, pressionando os bancos privados a reduzir suas abusivas taxas.
por JOEIDES PEREIRA,
Economista e Mestrando Economia na UFPE.
A Presidenta Dilma Rousseff em um ato republicano e de coragem determinou que os bancos públicos, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, reduzissem as taxas de juros para níveis civilizados, mesmo que ainda falte muito para chegamos aos padrões internacionais, mas foram dados os primeiros passos. Esta atitude tem um simbolismo histórico, inicia-se o rompimento com uma ortodoxia da política monetária praticada no Brasil nos ultimos anos, que até pouco tempo era assunto proibido, pois o ambiente era de total hegemonia do capital financeiro nas ultimas três décadas.
Com a crise imobiliária americana de 2008, o mundo passou a ver com certo ceticismo essa hegemonia financeira, a crise mostrou uma ampla vulnerabilidade desse pensamento econômico. Sabe-se desde Keynes que o desenvolvimento rápido e não controlado dos mercados financeiros provoca fatalmente a sua deriva especulativa. Assim, neste contexto, a decisão da Presidenta, esta relacionada a um ambiente de maior autonomia das políticas monetárias hoje praticadas no Brasil, ressaltar a não interferências do conservador Fundo Monetário Internacional – FMI, que também vem sendo questionado em todo o mundo.
Embora seja oportuno fazer estas observações, a decisão de reduzir as taxas juros e o spread bancário, cumpre no curto prazo um importante papel, neste momento, de manter a economia brasileira aquecida, via aumento do crédito mais baixo para o consumidor final. Pois, a taxa de juros é muito sensível a decisão de consumir pelo lado das famílias e de investir pelo lado dos empresários. Ou seja, isso vai estimular o consumo, o investimento e a atividade econômica. Tendo em vista, a contaminação do baixo crescimento econômico mundial no Brasil.
O resultado desta decisão já começa a dar os primeiros frutos. Segundo relatório da Caixa Econômica Federal, desde o lançamento do programa Caixa Melhor Crédito, no último dia 09/04, aumentou em 17% o volume de concessões de crédito para Pessoa Física (PF), sendo disponibilizados R$ 518 milhões nos primeiros cinco dias do programa.
Para Pessoa Jurídica (PJ) a procura pelas linhas de crédito também foram acentuadas – um crescimento de 9%, somando R$ 323 milhões em volume de crédito.
Mas, o mais importante efeito desta decisão de redução das taxas de juros é pedagógico. A sociedade brasileira começa a se apropriar de um debate, antes bloqueado, ou pelas autoridades monetárias, ou pelos meios de comunicação. Ao propor um grande debate sobre os juros, a presidente Dilma atinge um novo patamar na política nacional. Agora, temos de fazer a nossa parte, pesquisar a menor taxa de juros, pressionando os bancos privados a reduzir suas abusivas taxas.
por JOEIDES PEREIRA,
Economista e Mestrando Economia na UFPE.
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