quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Os 10 piores hábitos dos executivos


Conheça as principais práticas de CEOs que podem acabar com a gestão dos negócios

Cadeira vazia em uma sala de CEO

Muitas vezes não falta estratégia nem visão empreendedora: simplesmente os negócios não saem conforme o esperado. O mundo empresarial é cheio de incertezas, mas há muito que pode ser feito para minimizar o erro da porta da empresa para dentro.
Certos costumes - repetidos à exaustão porexecutivos mundo afora - podem simplesmente minar a produtividade de uma empresa. 
Veja, a seguir, os 10 piores hábitos dos executivos, segundo três especialistas no assunto.
Centralização do poder
Quem delega tarefa também delega autonomia. Não dar espaço para que os subordinados executem sua tarefa com liberdade cria uma “pressão desnecessária” na equipe. A centralização, na opinião de José Augusto Figueiredo, presidente da LHH,DBM, é uma das formas de buscar o reconhecimento quando se está no topo.
“Eles se sentem heroicos na posição de liderança e acabam alimentando um sistema onde a delegação é inversa: os subordinados que acabam levando as pendências para que ele resolva”, diz o Figueiredo.  “Isso infantiliza a operação da empresa.”
Trocar toda a equipe
É claro que todos preferem trabalhar com pessoas que já conhecem – e em quem já confiam. No entanto, essa é uma falha recorrente entre presidentes de empresas. Assim que assumem suas posições, trazem consigo seu exército de diretores, tirando a oportunidade de bons profissionais que já estavam munidos de informações da empresa.
Em alguns casos, esse tipo de mudança se faz necessária. “Somente quando é preciso fazer uma virada completa na gestão da empresa”, diz Rodrigo Forte, diretor executivo da Exec Executive Performance.
Mudar de ideia repentinamente
O bom executivo é aquele que trabalha em parceria. Embora o poder de decisão esteja em suas mãos, é imprescindível manter-se alinhado com seu quadro de diretores e, principalmente, firme em suas decisões. “Quando um executivo discute as decisões com sua equipe e, de uma hora para outra, muda de ideia gera uma insegurança muito grande entre os pares”, defende Forte.
Gerir feudos
Os valores e objetivos da empresa devem ser os mesmos para todos. E não basta tê-los estampados nas paredes. Segundo Ricardo Basaglia, diretor da Michael Page, é fundamental que o executivo dê unidade à empresa, sem permitir a criação de feudos. “Muitas vezes, cada time fica com a cara do diretor, desalinhado da cultura da empresa.”
Não atribuir méritos e responsabilidades
Quando o resultado é bom, todos comemoram. Quando a coisa não sai da melhor forma possível, a culpa é da equipe que não aplicou a estratégia da forma mais eficiente. Basaglia afirma que é muito comum entre os executivos a percepção de que suas responsabilidades se limitam ao desenho da estratégia. “Os executivos devem delegar a tarefa, mas não as responsabilidades”, afirma. “Quando há algo errado, a estratégia foi definida de forma equivocada ou faltou acompanhamento do trabalho.”
Distanciar-se da equipe
Quando o funcionário vê o executivo se aproximando da equipe e já teme pelo pior, pode acreditar, há algo de errado na gestão. “Além de garantir a entrega do resultado, o gestor tem de estar por perto para conseguir olhar e avaliar o time, identificar os méritos e tomar decisões”, lembra Basaglia. “O brasileiro falha muito na avaliação, no acompanhamento das atividades e na medição da evolução dos resultados.”
Estimular a competitividade

Há diferentes formas de estimular a competitividade dentro da equipe. Uma delas é criando um ambiente em que os funcionários disputem entre si pelos melhores resultados. Errado. 

Segundo Basaglia, o melhor formado de competitividade interna passa pela garantia que as metas sejam desenhadas de forma individual. “O ideal é quando o objetivo faz com que o funcionário olhe para dentro e não para o outro para conseguir melhores resultados.”
Faltar com a governança 
O presidente que não paga adequadamente seus tributos ou forja números para escapar da tributação estará, automaticamente, dando aval ao “jeitinho brasileiro” dentro das suas operações. “Essa é a pior conduta que um CEO pode ter”, ressalta Forte. “As regras precisam ser cumpridas, sem jeitinho nem zona cinzenta.”
A governança é apenas uma entre as diversas situações em que o executivo precisa dar o exemplo. “As equipes agem conforme a atitude do líder e não conforme os seus discursos”, lembra o diretor da Exec. Por isso, esqueça o bordão “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. “A empresa será sempre um reflexo de como a liderança opera na prática.” 
Dar feedback em grupo
O feedback é uma ferramenta feita para ser oferecida individualmente, mesmo quando se trata de presidente e diretores. A falta de tempo e alta demanda fazem com que muitos executivos tenham criado o mau hábito de fornecer pareceres em grupo. “Muitas pessoas acabam escutando críticas que não mereciam, isso cria um desconforto inevitável”, lembra o presidente da LHH, DBM. 
Evitar falar dos próprios erros
Todo cuidado é pouco na hora de falar dos próprios erros, mas abordá-los é fundamental. É essencial que o gestor não apareça somente para a hora das más notícias – o importante é não tornar a falha um evento. “Todo erro deve ser dito dentro de uma operação frequente da empresa. Se há uma reunião mensal com a diretoria para apontar as mudanças de trajetória, o erro deve ser mencionado nesse momento, ou seja, dentro da dinâmica de cada empresa”, afirma Figueiredo. 
Fonte: Exame.com

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