Paralisação de instituições financeiras não isenta ninguém de cumprir os compromissos dos pagamentos bancários, sob penalidade de multas
Como vem acontecendo há sete anos consecutivos, os bancários estão em greve por tempo indeterminado. Querem melhores salários e condições de trabalho. E como vem acontecendo há sete anos consecutivos quando eles entram em greve, os clientes correm atrás de alternativas às agências fechadas para fazer saques, depósitos e transferências, pagar contas. A busca é ainda maior entre aqueles que têm contas nos bancos públicos (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco do Nordeste), sempre os mais afetados pela paralisação. A greve, reforçam os representantes de órgãos de defesa do consumidor, não isenta ninguém de cumprir com seus compromissos.
O maior dos compromissos é pagar as contas em dia. Mas para pagar é preciso encontrar o lugar. Boletos de água, luz, telefone podem ser quitados em correspondentes bancários. Já quem tem carnê ou boleto de loja que costuma pagar nos bancos, deve procurar a própria loja para dar baixa na fatura. Em tempos de greve, as lotéricas acabam virando a segunda casa das pessoas.Isso porque dá para pagar um monte de coisas nelas (confira no quadro). Mas fica um alerta: há o limite de R$ 1 mil. Se passar disso, o melhor é ir para o caixa eletrônico mesmo. A exceção é o pagamento da prestação da casa própria. O valor da parcela pode chegar a R$ 2 mil.
A Rede Matriz, com mais de 100 lojas no estado, está recebendo os pagamentos de todos os boletos que têm código de barras. As unidades também recebem o pagamento das faturas de todos os cartões de crédito. O horário de atendimento nas lojas de bairro é das 8h às 17h. Já nos shoppings Recife, Tacaruna e Guararapes, as lojas funcionam das 10h até as 21h, de segunda a sábado. A internet também pode ser uma aliada dos clientes. Para quem não tem lá muita intimidade com o computador, vale pedir algumas dicas para quem já está acostumado a usar o banco on-line. Dá até para contratar empréstimo.
Balanço - No primeiro dia da greve, cerca de 80% das agências públicas foram fechadas em todo o estado, segundo levantamento divulgado pelo Sindicato dos Bancários. Destaque para a Caixa Econômica: apenas cinco das 74 agências abriram as portas. Entre os bancos privados, 33 agências fecharam as portas (cerca de 40% do total). A presidente do sindicato, Jaqueline Mello, considerou o resultado "muito bom" para o primeiro dia de greve. Mais de mil bancários cruzaram os braços. Em algumas agências do Recife, a área de caixas eletrônicos registrou grandes filas pela manhã. A sindicalista espera ampliar hoje o movimento no Interior.
"A gente pede a compreensão dos clientes. A luta não é só para melhorar nossos salários e condições de trabalho. É também para melhorar todo o sistema financeiro, para que os bancos possam atender melhor as pessoas", afirmou a sindicalista. Os bancários querem aumento de 11%. Os bancos ofereceram a reposição da inflação (4,29%). A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical das instituições financeiras, divulgou nota no fim da tarde manifestando "sua firme intenção de adotar todas as medidas legais cabíveis e necessáriaspara garantir o acesso e o atendimento da população nas agências e postos bancários".
Fonte: Diário de Pernambuco
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