Com a compra da CIV, a americana Owens-Illinois espera ampliar em cerca de R$ 346 milhões o seu faturamento no Brasil, no 1º ano de operação
O valor da venda da pernambucana Companhia Industrial de Vidros (CIV), que pertencia ao Grupo Cornélio Brennand e foi comprada pela multinacional norte-americana Owens-Illinois (O-I), foi de US$ 603 milhões (R$ 1,04 bilhão, segundo a cotação do dólar de ontem).
A multinacional, presente em 22 países, com 78 fábricas, mais de 20 mil funcionários e faturamento global de US$ 7,1 bilhões, é a maior do mundo na fabricação de embalagens de vidro. Segundo informações divulgadas pela O-I ao mercado dos EUA, com a aquisição, a expectativa é ampliar em cerca de R$ 346 milhões o seu faturamento no Brasil durante o primeiro ano de operação conjugada.
A negociação abarcou ainda pouco mais de R$ 240 milhões por ano em benefícios fiscais estaduais e federais para o grupo norte-americano. A CIV é líder de vendas no Nordeste – região mais cobiçada pelo setor empresarial no Brasil em virtude do seu crescimento – de embalagens de vidro para bebidas, alimentos, indústria farmacêutica e artigos de utilidades domésticas. Possui duas fábricas em Pernambuco (no Recife, no bairro da Várzea, e em Vitória de Santo Antão) e uma no Ceará. Emprega, nas três unidades, cerca de 1.300 pessoas.A subsidiária brasileira da O-I, que agora controla a empresa pernambucana, vai aumentar em 50% o seu volume de produção nacional de artigos em vidro com a incorporação. No Brasil, o grupo tem mais de 90 anos de mercado, quatro fábricas e produz mais de 500 artigos diferentes feitos de vidro. É dona da marca Cisper.A América do Sul é o mercado mais rentável e que apresenta maior crescimento para a multinacional e, segundo nota oficial enviada pela assessoria de imprensa da O-I, a compra da CIV contempla os planos de expansão no continente. Isso porque vai permitir ao grupo atender a demanda de seus clientes industriais, que têm acompanhado a tendência de aumento no consumo. Recentemente, o grupo norte-americano promoveu investimentos na Argentina, Peru, China, Malásia, Vietnã e Nova Zelândia.A negociação envolveu apenas as operações da CIV. Ficaram de foram os empreendimentos do Grupo Cornélio Brennand em geração de energia, desenvolvimento imobiliário e fabricação de vidros planos para a construção civil – que deve ter início em 2012 com uma fábrica de R$ 330 milhões em Goiana, na Zona da Mata Norte.
Fonte: Jornal do Commercio
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