sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Número de empregos com carteira assinada praticamente triplicou entre 2005 e 2010, segundo a Ceplan



Construção surpreende
Odesempenho do setor da construção civil não para de surpreender. Entre 2005 e 2010, o número de empregos com carteira assinada neste setor praticamente triplicou em Pernambuco. Saltou de 42.469 para 122.908 postos, num crescimento médio anual de 23,7%. Algo sem precedentes no estado. Enquanto isso, o período que compreende de 2000 a 2005 foi marcado pela estagnação nesse segmento, com o estoque de emprego formal chegando a recuar 0,5%.

O boom do emprego na construção civil nos últimos anos é creditado ao aquecimento do mercado imobiliário, às obras de infraestrutura e a construção de empreendimentos de porte no Complexo Industrial Portuário de Suape, a exemplo da Refinaria Abreu e Lima, da PetroquímicaSuape e do Estaleiro Atlântico Sul. Em 2010, as vagas formais na construção civil responderam por 30,3% do total de empregos gerados no estado.

Mas não foi somente a construção civil que cresceu. O emprego formal no comércio registrou alta de 8,4% entre 2005 e 2010 e, os serviços, 8,0%. Já o incremento na indústria extrativa mineral e na de transformação foi de 6,5% e 6,3%, respectivamente. De modo geral, o estoque em Pernambuco cresceu 7,0%, de acordo com informações do Ministério do Trabalho e Emprego. Esses dados foram compilados e analisados pela Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan) no informe especial Tendências do mercado de trabalho em Pernambuco, divulgado ontem.

“O mercado de trabalho no estado está muito dinâmico. Evidentemente, isso tudo vai sofrer uma calmaria depois que as obras terminarem, mas deve continuar crescendo porque as empresas vão entrar em operação e muita gente será absorvida”, comenta o economista e sócio-diretor da Ceplan, Aldemir do Vale.

Analisando também dados do Censo 2000 e 2010 do IBGE, a Ceplan verificou um expressivo crescimento do peso dos empregados entre os pernambucanos de 10 anos ou mais de idade ocupados na semana pesquisada. Pulou de 59,7%, em 2000, para 63,4% em 2010. Já o percentual de não remunerados caiu de 5,5% para 1,9%.

No Brasil, entre 2000 e 2010, o percentual de pessoas economicamente ativas que estavam ocupadas, na semana da pesquisa do Censo, saltou de 47,9% para 53,3%. No Nordeste, a evolução foi de 43,6% para 47,1%. Sinal de que os trabalhadores brasileiros passaram a ter mais acesso ao emprego formal e às garantias trabalhistas.

Fonte: Diario de Pernambuco

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