O grande desafio de qualquer empreendedor, independentemente do porte de sua empresa, é fazer o negócio durar e obter lucro durante anos. Boa Parte não consegue. Em Pernambuco, muitas micros e pequenas empresas, sobretudo as situadas no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, estão ganhando muito dinheiro hoje, mas têm vários desafios pela frente para fazer com que a prosperidade perdure.
Uma família de São Paulo, especializada em investir em hospedarias, sabe bem como vencer o desafio da durabilidade. Eles mudam de região do Brasil em busca de grandes investimentos.
Nos últimos anos, já atuaram no Mato Grosso e na Bahia. O negócio funciona assim. A família fica por dentro das grandes obras que serão erguidas no Brasil pelas empreiteiras gigantes como a Odebrecht. Quando o local que vai receber os próximos investimentos é divulgado, eles chegam antes, alugam vários prédios, investem na reforma para transformá-los em hospedarias e fecham contrato com as empreiteiras. "Abrimos e fechamos de acordo com a demanda. Hoje hospedamos cerca de 400 trabalhadores de Suape", explica Davi Carlos Santos. O pai dele foi quem começou com a migração e leva quase toda a família com ele.
Nas praias de Gaibu e Enseada dos Corais são 40 hospedaarias administradas por eles. Avessos à publicidade, são discretos. Boa parte dos hóspedes nem sabe que eles são os donos do negócio. São mais conhecidos como os gerentes das pousadas. Para não perder dinheiro quando o boom dos trabalhadores temporários em Suape acabar, já estão comprando terrenos no Maranhão, em pequenas cidades vizinhas a São Luis, para construir hospedarias. Vão seguir o rastro da construção de uma refinaria no Estado. "Lá não tem nada. Temos que erguer os prédios. Não tem casas nem prédios prontos para alugar ou reformar", informa Santos. Depois do Maranhão, vão para onde os investimentos migrarem.
Fonte: Jornal do Comércio
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