Que o dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher, todo mundo sabe. A mídia se encarrega muito bem de divulgar. Entidades prestam homenagens e um bando de lindas mensagens e discursos bem elaborados são publicados em todos os lugares.
Embora neste ano esta data talvez seja um pouco ofuscada pelos brilhos dos festejos carnavalescos e pelos irreverentes foliões, merece ser lembrada com seriedade e reflexão.
Os meios de comunicação nos mostram constantemente todos os tipos de atos de violência dos quais o ser humano é capaz de praticar: seqüestros, assassinatos, golpes, estupros, mesmo entre conhecidos, amigos e familiares. São guerras, explorações, escravidão, bizarrices, humilhações, aos quais homens, mulheres e crianças são submetidos. Enfim, um verdadeiro festival de desrespeito ao ser humano; uma completa desvalorização da vida e dos preceitos éticos, morais e religiosos.
Os indefesos, os mais fracos, os incapazes, os fragilizados, os oprimidos, os inferiorizados... Independente de sexo, idade, raça ou religião. Todos estão sujeitos a estas agressões físicas e morais.
Isso acontece porque dentro de cada pessoa existe o bem e o mal; e já que violência gera mais violência, é necessário quebrar esta corrente do mal e difundir a corrente do bem.
Então, partindo do princípio de que colhemos o que plantamos, ainda resta uma esperança: temos em nossas atitudes o poder de mudar a realidade.
E é por isso que devemos convocar todas as mulheres para que nesta data, que dizem ser em nossa homenagem, reflitam: que usem o amor, o sentimento maternal e a sensibilidade como chaves para abrir corações e frutificar a compreensão; que ajam com toda a doçura e paciência que nos são peculiares para transformar crueldade em caridade; que se valham de todas as qualidades e talentos que hoje são reconhecidos e exaltados, para exigir igualdade e respeito. Não apenas para nós mulheres, mas para todas as vidas, originárias do ventre de uma mulher.
Rosângela Martins
Secretária Geral da ACIAV
Nenhum comentário:
Postar um comentário