segunda-feira, 8 de julho de 2013

Como monitorar a necessidade de capital de giro

Funcionário da Casa da Moeda verifica notas novas de cem reais durante produção, em novembro de 2012

Especialista Rodrigo Zeidan afirma que um dos principais motivos que leva pequenas empresas à falência é a falta de capital de giro


Como monitorar as necessidades de capital de giro?
Respondido por Rodrigo Zeidan, especialista em finanças
Se pudéssemos fazer uma ‘autópsia’ nas pequenas e médias empresas que vão à falência, descobriríamos que a falta de capital de giro é a principal causa mortis. Empresas lucrativas, em muitos casos, sucumbem pela falta de planejamento do capital de giro. Por que isso acontece? A resposta não é simples, mas envolve a análise do ciclo operacional, que é subdivido em ciclos econômico e financeiro.
O ciclo econômico reflete o processo produtivo, da compra de insumos à venda dos bens e serviços. O financeiro, por sua vez, vai do pagamento da compra de insumos ao recebimento pelas vendas. O que os empresários esquecem é que um aumento de produção vai afetar primeiramente o pagamento dos insumos; e somente após todo o ciclo operacional, a empresa receberá pelo aumento de produção.
Portanto, a necessidade de capital de giro aumenta com o crescimento da produção e se a empresa não se planejar ela pode se estrangular financeiramente. 
Um dos mais interessantes paradoxos da gestão financeira é o fato de que o sucesso empresarial pode causar a morte da empresa por causa do aumento da necessidade de capital de giro. Como se prevenir? 
Monitorar os ciclos econômico e financeiro é fundamental. Eles não são afetados somente pelo crescimento, mas também pelos prazos médios de pagamento e recebimento. Embora o capital de giro não seja somente função do ciclo operacional, gerenciar as mudanças nos ciclos econômicos e financeiros é crucial para a sobrevivência da organização.
Para relembrar: o ciclo econômico pode ser medido pelo prazo médio de estocagem (PME); o financeiro é igual ao PME mais o prazo médio de recebimento e menos o prazo médio de pagamentos. 
Rodrigo Zeidan é especialista em finanças e professor da Fundação Dom Cabral
Fonte: EXAME.COM

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