sexta-feira, 12 de abril de 2013

Grupo Nestlé investe forte na área de saúde


A fabricante suíça sinaliza que vai continuar investindo fortemente na sua evolução de grupo alimentar para a de "líder indiscutível" em nutrição, saúde e bem-estar, também para reagir a regulamentações crescentes de governos.
Peter Brabeck-Letmathe, presidente do conselho de administração da Nestlé, avisou aos acionistas, na assembleia geral realizada ontem (11/04), em Lausanne (Suíça), que a indústria de alimentos no conjunto "é hoje questionada como nunca antes".
Segundo Brabeck, "a explosão de custos da saúde e a não viabilidade dos sistemas públicos de saúde vão aumentar mais a pressão sobre a indústria de alimentos".
A empresa diz estar melhorando o valor nutricional de seus produtos, reduzindo o teor de açúcar (de 15% na Suíça, por exemplo), de sal (10%) e de gorduras e ao mesmo tempo aumentando micro nutrimentos nos cereais.
O objetivo agora é ir além das fronteiras da nutrição, e compreender melhor a interação entre alimentos, saúde, os genes e o estilo de vida, afirmou Paul Bulcke, principal executivo da Nestlé.
Além de bilhões de dólares de investimentos anuais em pesquisa e desenvolvimento, a divisão Nestlé Health Science, criada em 2011, vem fazendo aquisições. No ano passado comprou a empresa americana Accera, que fabrica produtos de nutrição clínica para tratar pacientes que sofrem de Alzheimer. Também formou uma associação com o grupo farmacêutico Chi-Med, controlado pelo bilionário Li Ki-shing, de Hong Kong, para desenvolver tratamento gastrointestinal baseado na medicina tradicional chinesa, à base de plantas.
Em novembro, a divisão de saúde da Nestlé comprou a Wyeth Nutrition, braço de nutrição infantil da Pfizer. Essa empresa realiza 85% de seu faturamento nos mercados emergentes.
A assembleia geral aprovou, ontem, a entrada da chinesa Eva Cheng no conselho de administração da Nestlé. A China tornou-se o segundo maior mercado da multinacional, e acionistas chineses têm agora 2,6% da companhia, mesma faixa dos japoneses. Acionistas suíços têm 35%, e dos Estados Unidos, 26,5%.
O grupo faturou 92,2 bilhões de francos suíços no ano passado, com crescimento orgânico de 5,9%. O lucro líquido foi de 10,6 bilhões de francos (aumento de 11,8%) – 60% serão distribuídos em dividendos.
Fonte: Supermercado Moderno

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