sábado, 19 de maio de 2012

Veto a remédio em mercados




Brasília - A comercialização de medicamentos de venda livre, ou seja, que não necessitam de receita médica para compra, continua proibida em supermercados, lojas de conveniência e armazéns. Veto da presidente Dilma Rousseff publicado ontem no Diário Oficial da União barrou a tentativa de permitir que analgésicos, antitérmicos, entre outros remédios de uso mais corriqueiro, pudessem ser ofertados nas prateleiras desses estabelecimentos.

Entre as razões elencadas pela presidente no veto publicado, estão a preocupação com a banalização do uso de remédios pela população, além de problemas na fiscalização. “A ampliação da disponibilidade de medicamentos nos estabelecimentos em questão dificultaria o controle sobre a comercialização”. Em outro trecho, destacou que a medida poderia provocar “uma automedicação e o uso indiscriminado de remédios”.

A Associação Brasileira de Supermercados foi procurada pela reportagem, mas não indicou nenhum porta-voz para comentar o veto. Aurélio Saez, relações públicas da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), concorda com a decisão da presidência. “Nunca fomos a favor dessa medida simplesmente porque não achamos que ela trará aumento de vendas. Remédio não é algo que se compra por impulso, por uma memória positiva do produto”, diz Saez.

A autorização para que supermercados, lojas de conveniências, entre outros estabelecimentos, vendessem remédios constava de uma MP mais ampla, cujo objetivo era conceder isenção fiscal de PIS/Pasep e Cofins para produtos destinados a portadores de deficiência física. A previsão sobre o tema do local de venda de remédios no meio de uma matéria de cunho tributário já havia sido criticada por parlamentares, que apelidaram a MP de “guarda-chuva”, por conter assuntos diversos, o que causaria uma confusão jurídica no país. 


Fonte : Diario de Pernambuco

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