terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Programa do Sebrae vai ensinar crianças e adolescentes nas salas de aula como ter seu próprio negócio

Crianças e adolescentes do ensino fundamental vão aprender como se tornar empreendedores e, quem sabe, montar seu próprio negócio no futuro. A partir de maio deste ano, o programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), criado pelo Sebrae de São Paulo, vai ser aplicado em colégios públicos e particulares em todo o Brasil. O programa é destinado a jovens de 6 a 14 anos.
O Sebrae em Pernambuco já tem experiência no assunto. Entre 2007 e 2011, aplicou a técnica em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi estadual (IEL-PE). No total, foram capacitados 230 professores, que levaram a metodologia para as salas de aula de onze municípios da Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão, com 2.686 alunos.
Embora a ação do Sebrae seja indireta – são 90 horas de repasse da metodologia aos professores-monitores – os resultados repassados pelo IEL-PE mostraram os benefícios das atividades junto às crianças. De acordo com a gestora do JEPP no estado, Cláudia Azevedo, foi notada uma mudança de comportamento dos participantes. Os jovens se tornaram protagonistas e desenvolveram hábitos como planejamento de ações, trabalho em equipe e experimentação como estratégia de aprendizagem. Tudo isso através de oficinas, com um tema para cada uma das nove séries do ensino fundamental: doces, brinquedos ecológicos, artesanato sustentável, etc.
Para incentivar a participação, o professor informa à classe o produto e segue perguntando sobre a venda e a produção. Vai ter mais de um modelo? E cores? E a propaganda, como vai ser? Segundo Cláudia, eles são induzidos a terem um comportamento empreendedor, usando a criatividade para fazer coisas como criar o nome da loja, estabelecer preços, entre outros. São construídas miniempresas e existem metas e estratégias, mas todo o conteúdo é passado de forma lúdica, o que deixa os jovens mais animados. Ela ressalta que essa abordagem é “um diferencial para as escolas, porque elas não costumam trabalhar a questão do empreendedorismo”.
Para Lorena Costa, analista do projeto pelo IEL-PE, os resultados foram muito positivos. “Temos a certeza que os jovens que foram expostos a essa metodologia não verão mais o mercado de trabalho com os mesmos olhos. Eles sabem que podem ser agentes de mudança na sociedade em que estão inseridos, sabem que são capazes de gerar renda para si e para terceiros”, afirmou ela.

Fonte: Diario de Pernambuco.

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