Se a venda de espaço publicitário tem tornado as redes sociais altamente rentáveis, as iniciativas de marketing para aproximar o consumidor da marca podem causar efeito contrário no público, segundo análise da consultoria TNS Research International. O estudo aponta que 57% dos consumidores em mercados desenvolvidos não querem se relacionar com marcas através das redes sociais. Na América Latina, na África e no sudeste da Ásia, porém, a resistência é muito menor. No Brasil, 59% afirmaram que as redes podem, sim, ser um local para saber mais sobre marcas e 47% costumam comentar sobre elas na internet. Quanto ao que os levam a comentar sobre as mesmas, 31% disseram que era para compartilhar sua experiência, 44% têm intenção de ajudar outras pessoas, 13% elogiam e 12% reclamam de produtos e serviços adquiridos. De acordo com o diretor de atendimento da área de tecnologia da TNS, Alexandre Momma, essa diferença de comportamento se deve pelo excesso de propagandas e informações publicitárias em países desenvolvidos, enquanto nos emergentes a aceitação é maior. “Mas no Brasil, a gente já percebe um cuidado com a poluição digital”, pondera. A pesquisa também apontou hábitos dos e-consumers. Exemplo: o que é mais relevante na hora da compra, do primeiro contato à decisão de onde comprar. Os brasileiros costumam pegar bastante material na internet sobre o que vão adquirir, sobretudo quando se trata de automóveis e de viagens, e confiam mais na opinião de amigos (45%) que na de desconhecidos (32%).Quanto à utilização de internet banking – atividade online que ocupa o 1º lugar no ranking dos Estados Unidos –, a reserva é maior entre os brasileiros, principalmente por questões culturais. “É uma questão de maturidade, de desenvolver experiência. Para que o acesso aumente, é preciso educar, mostrar os benefícios”, opina Alexandre Momma.Em 2012, a expectativa é de que o setor de serviços de localização online cresça 29% e o de internet banking, 18%. “Um ponto potencial é a utilização de internet móvel, inclusive para a compra de outros produtos”, ressalta o diretor da TNS.Fonte: Diário de Pernambuco
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