terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pagar à vista ou a prazo, eis a questão


Apesar de todo início de ano chegarem os boletos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), muitos ainda sentem dificuldade para se organizar financeiramente diante das cobranças. Fica a dúvida: é mais vantajoso pagar esses impostos à vista ou parcelado? Para os especialistas, a resposta é uma só. Se você tiver dinheiro disponível em caixa, o melhor é pagar à vista.

O analista financeiro e professor da Faculdade Boa Viagem (FBV) Roberto Ferreira explica: “No caso do IPTU, quando o pagamento é parcelado, você paga uma taxa média de juros de 2,42% ao mês sobre as prestações. Já em relação a parcelar o IPVA, os juros podem chegar a 5,36% ao mês. Considerando que os juros da poupança rendem geralmente, no máximo, 0,8% ao mês, é mais vantajoso tirar o dinheiro da poupança e pagar à vista”.

O presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira, Reinaldo Domingos, tem visão semelhante sobre o assunto. Para ele, os descontos concedidos “são superiores ao rendimento de qualquer aplicação financeira”. Há que se considerar, porém, que pagar à vista é vantagem apenas quando a situação financeira da família é confortável.

“Muitas pessoas acabam sendo influenciadas pelo desconto e esquecem que terão outros compromissos também de grande importância, o que pode levar a problemas financeiros. Assim, antes de pagar, esteja certo de todas as contas e tenha reservas para imprevistos”, aconselha Domingos.

E se você só tiver dinheiro para pagar um dos impostos à vista? Roberto Ferreira acredita que, nesse caso, o melhor é parcelar os dois. “É mais seguro deixar o dinheiro que tem guardado para usar em alguma eventual necessidade futura”, recomenda.

Caso se opte por parcelar os impostos, Reinaldo Domingos aconselha que as parcelas sejam imediatamente inseridas no orçamento familiar, para que se mantenha a organização financeira. A aquisição de empréstimos não é recomendada para o pagamento do IPTU e IPVA. No entanto, se for inevitável pedir dinheiro emprestado para pagar as dívidas, o educador financeiro recomenda que se evite a todo custo o cheque especial e se prefira empréstimo com juros menores, como o consignado.

Porém, o fator mais decisivo na hora de decidir pagar à vista ou não os impostos é, segundo Domingos, o orçamento familiar. “Antes de decidir a forma de pagamento, é preciso consultar o orçamento familiar anual, ver quais despesas terá ao longo do ano e como conciliá-las.”


Fonte: Diario de Pernambuco

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