Crianças e adolescentes do ensino fundamental vão aprender como se tornar empreendedores e, quem sabe, montar seu próprio negócio no futuro. A partir de maio deste ano, o programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), criado pelo Sebrae de São Paulo, vai ser aplicado em colégios públicos e particulares em todo o Brasil. O programa é destinado a jovens de 6 a 14 anos.O Sebrae em Pernambuco já tem experiência no assunto. Entre 2007 e 2011, aplicou a técnica em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi estadual (IEL-PE). No total, foram capacitados 230 professores, que levaram a metodologia para as salas de aula de onze municípios da Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão, com 2.686 alunos.
Embora a ação do Sebrae seja indireta – são 90 horas de repasse da metodologia aos professores-monitores – os resultados repassados pelo IEL-PE mostraram os benefícios das atividades junto às crianças. De acordo com a gestora do JEPP no estado, Cláudia Azevedo, foi notada uma mudança de comportamento dos participantes. Os jovens se tornaram protagonistas e desenvolveram hábitos como planejamento de ações, trabalho em equipe e experimentação como estratégia de aprendizagem. Tudo isso através de oficinas, com um tema para cada uma das nove séries do ensino fundamental: doces, brinquedos ecológicos, artesanato sustentável, etc.
Para incentivar a participação, o professor informa à classe o produto e segue perguntando sobre a venda e a produção. Vai ter mais de um modelo? E cores? E a propaganda, como vai ser? Segundo Cláudia, eles são induzidos a terem um comportamento empreendedor, usando a criatividade para fazer coisas como criar o nome da loja, estabelecer preços, entre outros. São construídas miniempresas e existem metas e estratégias, mas todo o conteúdo é passado de forma lúdica, o que deixa os jovens mais animados. Ela ressalta que essa abordagem é “um diferencial para as escolas, porque elas não costumam trabalhar a questão do empreendedorismo”.
Para Lorena Costa, analista do projeto pelo IEL-PE, os resultados foram muito positivos. “Temos a certeza que os jovens que foram expostos a essa metodologia não verão mais o mercado de trabalho com os mesmos olhos. Eles sabem que podem ser agentes de mudança na sociedade em que estão inseridos, sabem que são capazes de gerar renda para si e para terceiros”, afirmou ela.
Fonte: Diario de Pernambuco.

Os feriados prolongados trazem prejuízos ao comércio nacional, asseguram os especialistas. “Ganham os comerciantes de shopping centers e perdem os comerciantes de lojas de rua”, avaliou ontem o professor de Varejo da Fundação Getulio Vargas, Daniel Plá. Segundo ele, as perdas de faturamento do comércio brasileiro em 2012 atingirão cerca de R$ 50 bilhões. “Se a gente fala que um terço, pelo menos, desse valor, os comerciantes vão ter que pegar emprestado, os bancos, graças aos feriados, vão emprestar o equivalente a R$ 15 bilhões. O setor financeiro ganha com essa história e os governos perdem em termos de arrecadação tributária”.Daniel Plá estimou que em função dos feriados, os governos federal, estaduais e municipais deixam de arrecadar em torno de R$ 18 bilhões. “Só no comércio”. Já os shopping centers não têm perdas. “Pelo contrário. Ganham porque as pessoas vão para os shopping centers normalmente nos feriados. Tanto que o domingo hoje já é o segundo melhor dia de vendas para os shopping.” O primeiro é o sábado. O ano de 2012 tem dez feriados nacionais que caem em dias de semana.Os feriados que caem em sábados têm que ser considerados, porque se trata de um grande dia de venda para o comércio. Os meses que serão mais prejudicados este ano, em razão dos feriados, são fevereiro, abril e novembro.Em fevereiro, além de o mês já ter menos dias, o carnaval envolve 2,5 dias parados, que são a segunda-feira (20), a terça-feira (21) e metade da quarta-feira de cinzas (22). Em abril, há dois feriados (Sexta-Feira da Paixão e Tiradentes) e um dia “enforcado”, quando em geral o faturamento cai em torno de 20%.No âmbito nacional, Daniel Plá informou que os feriados com enforcamento trazem ganhos para as cidades balneárias de pequeno e grande porte de todo o país, como Fortaleza, Florianópolis e Rio de Janeiro, porque beneficiam os setores hoteleiro e de restaurantes. “Nos feriados municipais, só ganham os shopping centers”, explica.


