sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Número de acidentes de trabalho cai em 2010, mas total de mortes aumenta
O número de acidentes de trabalho diminuiu em 2010, para 701.496, ante 733.365 no ano anterior, segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social, divulgado nesta quarta-feira (26) pelo respectivo ministério. Mas o número de mortes cresceu 11,4% de um ano para o outro, de 2.650 para 2.712. "Os cuidados com os ambientes de trabalho devem ser redobrados para que se fortaleça a cultura da prevenção acidentária da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho", comentou o diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini.
O setor de serviços foi responsável por 331.895 notificações de acidentes no ano passado, 47,3% do total, e também com queda em relação a 2009 (340.681). Em seguida, ficou a indústria (de 321.171 para 307.620, sendo 230.487 no setor de transformação). Foram 27.547 acidentes na agropecuária (ante 29.434 no ano anterior) e 54.664 na construção (55.670).
Ao cruzar os dados com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego, a Previdência encontrou o maior índice de acidentes com trabalhadores na área de serviços, "com 73.701 pessoas que exerciam funções transversais, tais como operadores de robôs, de veículos operados e controlados remotamente, condutores de equipamentos de elevação e movimentação de cargas, com 72.102, e os trabalhadores da indústria extrativa e da construção civil, com 47.730 ocorrências".
Entre as doenças, além das lesões consideradas mais comuns (nos membros superiores e inferiores e dorsalgias - dores nas costas), a Previdência também destacou a maior incidência de transtornos mentais e comportamentais. O item "reações ao estresse grave e transtorno de adaptação", da Classificação Internacional de Doenças (CID), teve 5.919 casos em 2010.
Mais da metade (54%) dos acidentes se concentrou na região Sudeste, em um total de 378.584. Na sequência, ficaram Sul (156.853), Nordeste (89.485), Centro-Oeste (47.374) e Norte (23.220).
Fonte: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual
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