terça-feira, 28 de dezembro de 2010

INTERIOR NA ROTA DO DESENVOLVIMENTO


Governo Eduardo Campos colocou como prioridade crescimento do estado, com a interiorização de empreendimentos
E m 2014, muitos olhos estarão voltados para São Lourenço da Mata, um dos 12 palcos da Copa do Mundo no Brasil. Mas este não será o único município pernambucano a ganhar uma cara diferente até o fim da gestão Eduardo Campos. Desde 2007, quando assumiu o governo, ele colocou, como prioridade, o desenvolvimento do interior do estado. Objetivo que está sendo cumprido através de grandes obras estruturadoras e incentivos para investimentos privados.

Quando a Copa chegar, as fábricas e empresas instaladas no interior vão contar com uma série de facilidades proporcionadas pela ferrovia Transnordestina, pela transposição do Rio São Francisco e pelo Canal do Sertão. De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD-Diper), Jenner Guimarães, obras desse tipo devem permitir uma redução nos custos de produção e logística e no tempo gasto para distribuição. Justamente por isso, serão fundamentais como cartão de visitas à Zona da Mata, ao Agreste e ao Sertão.

A expectativa de Guimarães éque os empreendimentos atraídos absorvam grande parte das pessoas que, hoje, trabalham nas obras estruturadoras e favoreçam os produtores locais. Ideia semelhante tem a economista Tânia Bacelar, da consultoria Ceplan. Segundo ela, os investimentos no interior são essenciais para imprimir equilíbrio à distribuição econômica no estado e, assim, atender a uma considerável parcela da população que reside fora da Região Metropolitana. ´Com esses empreendimentos, teremos o chamado 'efeito-renda', que é a geração de emprego e renda para a sociedade a partir de um investimento. Isso acaba provocando um aumento na compra de serviços e alimentos e o aquecimento da economia local.`

Enquanto as obras estruturadoras não são concluídas, o governo aposta alto nos incentivos fiscais a grandes empreendimentos privados. Para promover a interiorização do desenvolvimento, Eduardo Campos reformulou o Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe). Desde 2007, as empresas que investem no interior têm descontos superiores no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os créditos presumidos passaram a ser de 75% para a Região Metropolitana do Recife, 85% para a Zona da Mata, 90% para o Agreste e 95% para o Sertão. Antes, todas as regiões estavam igualadas (75%), o que, na visão de Guimarães, terminava por prejudicar a maioria dos municípios.

Atração

Hoje, a política de interiorização está a todo vapor. Entre 2007 e 2010, a AD-Diper registrou a atração de 123 projetos de empresas para áreas fora da Região Metropolitana, num investimento total de R$ 2,66 bilhões (R$ 739 milhões só nos nove primeiros meses deste ano) e com a criação de, aproximadamente, 15.530 empregos. Entre os municípios beneficiados, merecem destaque Goiana, na Mata Norte, onde está se formando o Polo Farmacoquímico (ancorado nas fábricas da Hemobrás e da Novartis e em uma unidade da Lafepe Química); Vitória de Santo Antão, no Agreste, que saiu de uma para, pelo menos, oito indústrias (dentre as quais, estão a Kraft Foods e a Sadia ou BRFoods); e Salgueiro, entreposto da Transnordestina, que liga os portos de Suape e Pecém (Ceará), e futura sede de uma plataforma logística multimodal e de um distrito agroindustrial.

Fonte: Diário de Pernambuco

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