Apesar do Coaching ser uma ferramenta nova no Brasil e, por conseguinte, pouco utilizada, acreditamos que esse panorama começará a mudar em breve. Isso porque mais e mais pessoas tem se utilizado desse poderoso meio de autodesenvolvimento e conseguido resultados muito positivos e consistentes.
Até o início do século, não havia disponível nenhum recurso de treinamento ou melhoria comportamental. Sendo assim, quando sentíamos a necessidade de nos adaptarmos a uma nova situação, mudar algum comportamento nocivo, ou mesmo de transpormos algum obstáculo em nossas vidas, o comum era ficarmos apreensivos, ansiosos e consequentemente, estressados.
Este último fator, o estresse, acabou por lotar os consultórios médicos e psicológicos. Pessoas estressadas, ansiosas e angustiadas procuravam esses profissionais a fim de resolver suas questões. Muitos daqueles que procuraram médicos psiquiatras, não raramente, acabaram por ganhar um companheiro inseparável: o medicamento.
Acontece que as abordagens, tanto do médico como do psicólogo, são sobre as emoções, os sentimentos sobre aquilo que acontece na vida do paciente. Ali, a tentativa é de mudar a perspectiva com que se vê o problema.
No Coaching, no entanto, a visão é diferente. Acreditamos que pessoas que sofram de estresse, ansiedade e angústia podem, na verdade, precisar de uma mudança de COMPORTAMENTO, que pode ser o causador daquele transtorno. O foco em Coaching é sobre as ações da pessoa no presente. Não visitamos o passado, apenas arrumamos o agora e projetamos o que queremos de melhor para o futuro.
Um exemplo prático, da vida cotidiana de boa parte da população mundial: as pessoas vivem estressadas e ansiosas em relação a suas contas mensais. É o famoso gastar mais do que se ganha.
Veja como é interessante perceber que a solução do problema se encontra dentro dele mesmo. É comum ouvirmos as pessoas que gastam mais do que podem atribuir este comportamento a um sentimento de ansiedade. E o que poderia gerar tal ansiedade?
Bom, de cara já é possível nomear pelo menos duas possibilidades bem prováveis: desorganização e falta de dinheiro.
Acho que você já percebeu então do que se trata: a pessoa ganha um bom salário, porém, sem a organização necessária, acaba por gastar mais do que devia. No fim do mês, com as contas maiores do que o esperado, a reação vem como estresse, que gera ansiedade, portanto, mais desorganização, descontrole e por fim mais ansiedade, que alimenta o ciclo dos gastos descontrolados.
Nesse panorama, às vezes, torna-se impossível trabalhar apenas as questões técnicas, no nível do aprendizado organizacional. É preciso, também, um trabalho sobre os comportamentos que estão por trás desses atos. Daí a importância e eficácia do Coaching.
Gustavo Higa
Fonte: Diario de Pernambuco
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