“Não basta identificar os problemas. É preciso ajudar, apontando os caminhos e é isso que queremos fazer nesse Congresso”, afirmou o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, na abertura do 22º Congresso da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, nesta terça-feira (04), em Belém. No palco do Teatro da Paz, um dos mais tradicionais do Brasil, e um dos ícones da história da capital do Pará, o presidente da CACB defendeu, diante de uma plateia com mais de 700 empreendedores de todo País, a necessidade de avançar, ainda mais, com mudanças nos diversos setores da vida brasileira. Mais adiante, Cairoli destacou as medidas que estão sendo promovidas pelo governo federal em busca da competitividade. E acrescentou: “A agenda econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff reduz, sutilmente, o espaço para o debate ideológico e demagógico e suas decisões têm sido tomadas com base nos critérios objetivos de eficácia”, enfatizou.
Presente na abertura do Congresso, o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, afirmou que o governo pensa em simplificar as leis trabalhistas e informou que vai solicitar ao BNDES, linhas de crédito aos micro e pequenos empresários, “os verdadeiros protagonistas da geração de emprego”. Brizola Neto disse ainda que é preciso também resgatar a dívida com o povo brasileiro investindo mais em educação.
O presidente da CACB enfatizou que é preciso modernizar as relações trabalhistas, continuar a fazer as mudanças na previdência pública e melhorar drasticamente a qualidade da educação pública, principalmente nos níveis mais elementares, “pois esse é o segredo das nações mais desenvolvidas e que mais crescem”. Também apontou a necessidade de uma reforma política, “não para desfazer tudo o que construímos, mas para aprimorarmos a qualidade da nossa representação e aumentar as condições de fiscalização dos representados sobre os representantes.”
Realizado pela primeira vez no norte do País, para promover a integração empresarial, o 22º Congresso da CACB focou o tema Brasil de Resultados, proposto com o intuito de refletir sobre as reformas que o País precisa para avançar, juntamente com o papel do empreendedor e das pequenas e micro empresas no crescimento do mercado brasileiro.
O presidente do CACB salientou que não basta fazer o novo pelo novo, mas o necessário, para bem-estar de todos. Acrescentou que é preciso também rediscutir o Pacto Federativo, para a melhor descentralização dos recursos: “Precisamos dar mais condições aos nossos governadores e aos nossos prefeitos de gerir as soluções para os problemas da sua comunidade”.
Cairoli destacou que o caminho para exercer a representação de seus interesses é a associação voluntária e espontânea. “É ela que nos dá a liberdade de criticar sem receio, ou de aplaudir e apoiar sem constrangimentos. Nosso maior orgulho é não fazer parte nem da turma do contra, nem da turma chapa branca. O associativismo foi o caminho que escolhemos, e que nos fortaleceu ao longo da nossa história.”
“Sabemos da nossa responsabilidade perante o País. Nosso setor, composto na sua imensa maioria por micro e pequenas empresas, é o maior gerador de empregos. Por isso, ela deve ser cada vez mais defendida e estimulada”. Ao concluir, Cairoli destacou que o Congresso da CACB se constitui “num momento de fortalecimento e união, onde se geram propostas para um grande futuro, de prosperidade, renda e emprego, para todos os brasileiros”.